Surpreenderam-me, neste final de ano, os trabalhos de final de curso dos alunos de primeiro e segundo ano do EM, não pelo que sempre surpreendem (desleixo, cópias, etc.), mas pela qualidade (ou, pelo menos, pela tentativa dela). Foram trabalhos de produção textual que demandavam certo empenho, já que os alunos deveriam simular um programa de rádio ou TV e depois transformar ou a entrevista ou a reportagem em um texto escrito. Parabenizo, portanto, aqueles que se empenharam nesse trabalho.
Porém, como não poderia deixar de ser, trago aqui algumas reflexões que andei fazendo no decorrer das apresentações dos trabalhos acima descritos. De um modo ou de outro, para mim, a figura do professor acabou saindo fortalecida, já que nas produções de entrevistas, muitos estudantes recorreram à figura do professor para resolver algumas questões polêmicas pelos próprios alunos destacadas.
Ocorre que o professor acaba sendo o único (e talvez o último) referencial teórico para os estudantes. Aquele que de algum modo manipula uma informação, possui uma capacidade que o aluno ainda não tem de filtrar o conhecimento. Obviamente que as informações pipocam por aí, estão no Google, estão em todos os cantos. Mas manipular essas informações é mais complicado do que parece. Esse trabalho que meus alunos fizeram só faz reforçar uma intuição: o professor deve reassumir seu lugar, portar-se como um sujeito que tem sim algo a ensinar, manter-se nessa posição de referencial. O ruim é que cada vez menos temos referenciais, cada vez mais o professor perde sua identidade. Isso, ao contrário dos trabalhos de meus alunos, é muito ruim.
Porém, como não poderia deixar de ser, trago aqui algumas reflexões que andei fazendo no decorrer das apresentações dos trabalhos acima descritos. De um modo ou de outro, para mim, a figura do professor acabou saindo fortalecida, já que nas produções de entrevistas, muitos estudantes recorreram à figura do professor para resolver algumas questões polêmicas pelos próprios alunos destacadas.
Ocorre que o professor acaba sendo o único (e talvez o último) referencial teórico para os estudantes. Aquele que de algum modo manipula uma informação, possui uma capacidade que o aluno ainda não tem de filtrar o conhecimento. Obviamente que as informações pipocam por aí, estão no Google, estão em todos os cantos. Mas manipular essas informações é mais complicado do que parece. Esse trabalho que meus alunos fizeram só faz reforçar uma intuição: o professor deve reassumir seu lugar, portar-se como um sujeito que tem sim algo a ensinar, manter-se nessa posição de referencial. O ruim é que cada vez menos temos referenciais, cada vez mais o professor perde sua identidade. Isso, ao contrário dos trabalhos de meus alunos, é muito ruim.